O
comportamento hiperativo revela sua idade. Aos 21 anos, ele já deixou
de ser Filipe Kartalian Ayrosa Galvão e se tornou Fiuk: ator, cantor,
músico, garoto-propaganda, aprendiz de estilista, piloto e o que mais a
vida lhe propor. Com um ar ainda juvenil, Fiuk tem a pretensão de ser
grande, muito grande, cada vez maior. Por isso, não para. Dorme cerca de
quatro horas por noite e vive na ponte aérea, se revezando entre sua
casa na capital paulistana e os compromissos na Cidade Maravilhosa.
—
Meu ritmo não é 220V, sou ligado no 440V — brinca ele, que além de dar
vida a Agenor de "Aquele beijo" e cantar uma das músicas da trilha da
novela, segue com sua carreira solo como músico, fazendo shows Brasil
afora. Também se lançou no automobilismo como piloto de drift, uma
espécie de corrida em que a traseira do carro derrapa, mas as rodas
dianteiras permanecem na linha (lembra de "Velozes e furiosos"?), acabou
de assinar uma coleção de moda para a C&A, pretende lançar um DVD e
rodar um filme ainda este ano: — Minha cabeça vai indo, indo... Chego
em casa às 23h, aí tem violão, computador, telefone, simulador de
direção, texto para decorar, show para produzir... Quando vejo, são
4h30m. Não gosto de fazer uma coisa só. Sou novo, não preciso ter calma.
Daqui a uns cinco anos tiro umas férias, coisa que não faço desde os
16. Atendo meu empresário assim: "Oi! O que foi? Eu vou!", não importa o
que seja.
Depois de 'Aquele beijo', Fiuk pode ganhar programa
Na
estrada desde bem jovem, Fiuk adquiriu cedo a maturidade para escolher o
próprio destino e assumir os riscos de suas escolhas. Com a certeza de
que está no caminho certo, o músico vive um bom momento na carreira
solo, depois que saiu da Banda Hori, há um ano.
—
Ficamos juntos por sete anos. Chegou uma hora em que não dava mais para
mim. Foi lindo! A gente viveu coisas legais. Mas agora estou com a
estrutura que eu sonhei, desde o baterista até a luz, o palco... Coloco a
mão na massa com o maior tesão! Adoro ficar noites e noites pensando no
que fazer. Gosto das coisas do meu jeito. E, graças a Deus, estou
conseguindo me estruturar e montar um show para este ano ainda. Vai
ficar f...! — diz ele, que assumiu da pré-produção à direção de seu novo
show depois de romper com os meninos da Hori: — Para mim, foi dolorido.
Para eles, não sei porque a gente não se falou mais. Na minha primeira
vez sozinho, comecei a lembrar de tudo o que passamos. Agora, vejo que
as coisas acontecem na hora certa. Esse ano, ainda gravo um DVD.
Mas os projetos de Fiuk pós-novela não se restringem às estradas.
—
Grandes emoções estão por vir na TV. Uma coisa bem no meu ritmo — faz
suspense, deixando a dúvida do que estará por trás desse novo contrato
com a Globo: um programa?
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