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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Entrevista com o Fiuk na Gloss [Completo]


Menino de cabeça madura ou homem com jeito de garoto? Tanto faz: aos 21 anos Fiuk tem o melhor de dois muntos.


Há duas pessoas disputando o corpo de Fiuk - e não estamos falando de nenhuma mulher. Uma delas é o cara de 21 anos que chegou á sessão de fotos da GLOSS com ar desencanado, vestindo jeans, camisa xadreza, por cima da camiseta, tênis surrado e boné. É quem você enxerga quando olha as imagens que ilustram esta reportagem - ou quando vê Fiuk interpretar Agenor, o cafajeste com jeito de menino de Aquele Beijo, a novela global das 7. O outro é um sujeito mais maduro, mais centrado e mais profundo que toma a frente sempre que o primeiro dá espaço - mais que só aparece para quem está disposto a percebê-lo. Passar algumas horas ao lado de Filipe Kartalian Ayrosa Galvão é observar uma negociação silenciosa entre os dois.
A ansiedade e inquietude aparentes são do primeiro, mas o ritmo da fala mansa é do segundo. Vez ou outra Fiuk (Fíííuk, com bastante ênfase no ''i'' - e não no *u*) deixa um palavrão escapar. 

É coisa do seu menino ou do seu lado homem? Ele não se preocupa em entender - já aprender a deixá-los conviver e aproveitar o melhor de cada um. ''Não encano, me deixo levar na boa. É assim que me encontro'', diz, com vocabulário de quem não está nem aí (mais atitude de quem se importa, sim).

Fiuk tem a energia de um jovem ambicioso, desses que não se contentam com uma coisa só. Quer ser ator, mais não quer deixar de ser cantor. Saiu da banda de Rock Hori, mais já emendou uma carreira solo - o primeiro CD, Sou Eu, chegou ás lojas em dezembro. ''Não estou satisfeito com o que tenho e sou hoje. Nunca estou'', diz. ''Quero ser muito bom em tudo o que eu faço.'' Mas também mostra a maturidade de quem já concluiu que correr demais só vai fazê-lo atropelar a si mesmo. O hábito de prestar atenção ao que os outros dizem é uma aquisição recente, que veio junto com essa percepção. ''As pessoas têm tana pressa de tudo. É um estado constante de afobamento que me sufoca'', diz. ''Preciso cair fora disso''.

Atrás do Pai.

Não foi observando o pai, o também cantor e ator Fábio Jr., que ele aprendeu tudo isso. Suas muitas madrastas famosas (como as atrizes Guilhermina Guinle e Patricia  de Sabrit) ou a meia-irmã Cleo pires também não ajudaram. ''Não cresci no meio de pessoas famosas. Isso é uma ilusão!'', diz ele, que foi criado pela mãe, a artista plástica Cristina Kartalian. Foi ela quem insistiu para que ele estudasse música, aos 8 anos, e lhe deu a primeira guitarra. ''Meu pai mesmo não me passou nada. Não me estimulou, não me ajudou a entrar nesse ramo.'', diz. ''Ele foi muito ausente.'' 
Se os dois hoje têm uma relação próxima, foi por iniciativa de Fiuk. Aos 13 anos, ele arrumou as malas, saiu da casa da mãe e bateu na porta de Fábio. ''Eu disse que tinha chegado para ficar, que queria a sensação de ter um pai presente'', conta. Ele inclina o corpo para a frente para falar do assunto, mas mantém o olhar e o tom de voz firmes - não há ressentimento no que diz. O jeito teimoso e focado que se orgulha de ter hoje é um pouco consequência do comportamento distante do pai, acredita. ''A rigidez e a seriedade dele me obrigaram a traçar meu próprio caminho sozinho.'' E a convivência acabou apagando qualquer mágoa que poderia existir. ''Morar com ele deu tão certo que continuo lá até hoje. O cara virou meu herói.''

''Não gosto de ficar sem ter alguém para quem ligar, para dormir junto... Eu sou assim. O cara que quer toda noite!''

A ausência com que ele lida hoje não é mais a do pai - mais do resto da família e dos amigos. Ter pouco tempo para a vida pessoal é uma das consequências de querer levar duas carreiras ao mesmo tempo. Apesar de viver rodeado de colegas de elenco, seguranças e assessores de imprensa, Fiuk diz que está quase sempre se sentindo sozinho. ''Tem horas que eu acho que vou pirar, que minha cabeça não vai aguentar''. 

Nesses momentos, o lado maduro bem que tenta manter o profissionalismo, mas o lado garoto pede colo. ''Sinto fala de todo mundo. Não gosto de ficar sem ter alguém para quem ligar, para dormir junto...'' Será que é por isso que ele tem fama de pegador? ''Talvez'', responde, rindo. ''Eu sou assim. O cara que quer toda noite!'', brinca, fazendo um trocadilho com o primeiro single de seu CD, Quero Toda Noite, um dueto com Jorge Ben Jor.

Pegador, eu?

Quem inspirou a música foi a estilista Natália Frascino, 28, com quem Fiuk namora já quatro anos (com exceção dos quatro meses em que ficaram separados, no ano passado). ''Mas, se estivesse solteiro, continuaria da pegação. Sou carente, preciso de companhia'', diz. O Fiuk menino não faz planos para o longo prazo. Então a vontade de se casar e ter filhos - ainda que seja ''daqui a oito anos'' - deve ser coisa do Fiuk homem...Mais será que ele é um cara de um casamente só? ''Geneticamente, não, né?'', brinca. ''Mas quero pelo menos me casar acreditando que sim!'', finaliza., com a certeza de quem já viveu um tanto e a leveza de quem ainda tem muito para experimentar. 


Fotos & entrevista via: TF

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